Para chegar ao topo da América pela terceira vez na sua história, para atingir o cume do Aconcágua, a montanha mais alta do continente americano com 6.961 metros de altura, para trazer a taça da Libertadores da América para Porto Alegre o Grêmio precisa sair "vivo" de La Fortaleza, na Argentina, a partir das 21h45min. Em 1983, contra o Peñarol foi um páreo duro. Em 1995, na Colômbia, um clima hostil. Portanto, a história gremista é de superação em Libertadores.
O estádio, casa do Lanús, adversário aguerrido do Tricolor é um alçapão: torcida no cangote o tempo todo. O time de Renato Portallupi está em vantagem, venceu a primeira partida da decisão por 1 a 0. O jogo terminou com polêmica - pênalti em Jael, uso do VAR, empurra-empurra, confusão. O clima tenso seguiu durante toda a semana: reuniões, troca de farpas. Mas, para o capitão Pedro Geromel erguer a taça, tudo isto deve ser esquecido. Título se decide no campo. Por isto, com exceção de Kannemann, suspenso, a tendência é que a equipe seja a mesma que começou o jogo na Arena. Para a vaga do zagueiro argentino, Bressan deve ser o escolhido. Ainda no sistema defensivo, o Tricolor tem em Marcelo Grohe uma segurança. Frio e calculista, o goleiro do Grêmio já mostrou que não é fácil vencê-lo. Na frente dele, Geromel. Sinônimo de raça, qualidade técnica e humildade: se precisar chutão, dá chutão. Nas laterais, os perigosos Edílson, de chegada forte e chute potente, e Cortez, na esquerda, como elemento surpresa. No meio-campo, o coração da equipe, Jaílson, Arthur, Ramiro, Luan e Fernandinho ditam o ritmo. Marcam e avançam. O camisa 7 aliás, bem marcado no primeiro jogo, talvez tenha mais espaço para seus arremates e tabelas com Fernandinho e Lucas Barrios.
Fonte: Correio do Povo