Polícia Civil investiga prefeito de Não-Me-Toque após denúncia de assédio sexual
POLICIAL
Publicado em 04/04/2018

A Polícia Civil investiga duas denúncias de assédio sexual contra o prefeito de Não-Me-Toque, Armando Carlos Roos (PP). Conforme o delegado Gerri Adriani Mendes, duas servidoras públicas procuraram a delegacia alegando que eram ameaçadas de perda ou de rebaixamento de cargo caso não aceitassem as investidas do prefeito. 

No primeiro caso, que teria ocorrido em 2017, uma servidora de carreira do município procurou a polícia para denunciar que o prefeito a rebaixou de cargo, fazendo com que ganhasse menos, por não aceitar um pedido de cunho sexual feito por ele. A denúncia foi feita inicialmente como uma queixa, sem representação do crime.

Dias depois, a vítima decidiu seguir adiante com o procedimento e contou que estava sendo ameaçada. Com isso, a mulher teve deferido um mandado de proteção no âmbito da Lei Maria da Penha.

A segunda vítima é uma funcionária que trabalha desde o ano passado na prefeitura de Não-Me-Toque em um cargo comissionado. De acordo com a denúncia, em troca da vaga o prefeito teria pedido favores sexuais à mulher. Ela gravou conversa com o suspeito em que ele sugere que a vítima o acompanhe até seu apartamento.

No entanto, Mendes prefere não avaliar as denúncias, já que o suspeito tem foro privilegiado e todas as investigações precisam de aval do Judiciário. Na tarde desta terça-feira (3), a polícia marcou uma entrevista coletiva em Passo Fundo para falar sobre o caso.

A reportagem tentou contato por telefone com o prefeito. Uma servidora do gabinete de Roos afirmou que ele estava reunido com a cúpula da administração municipal para tratar o assunto e deveria se manifestar somente à tarde.

 

Fonte: Tribuna da Produção

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