Novo reforço do Grêmio, o meia-atacante Gastón Fernández desembarcou em Porto Alegre neste domingo, enquanto o clube gaúcho se mobiliza fora dos campos para o inscrever ainda a tempo na primeira fase da Libertadores. Depois passar por problemas com a torcida da Universidad do Chile, a contratação gremista chega como opção a Luan, como falso nove, ou a Bolaños, ao aproveitar a característica de armação e com bola qualidade no passe e que sabe deixar os colegas na cara do gol.
Com números positivos, mas com altos e baixos, o argentino chega para compor o grupo. Terá de iniciar atrás na fila pela concorrência na vaga.
Seu posicionamento na sua passagem pelo Chile indica onde o jogador brigará por vaga: atrás de um último atacante. Em um cenário ideal, Barrios. Atualmente, é na função no qual o equatoriano Miller Bolaños atua - e muito bem, por sinal. Além disso, Fernández também fez a função de falso nove na La U, algo usualmente realizado por Luan. Lá, não jogou pelas beiradas - sua característica o puxava sempre para o centro do jogo.
Bem fisicamente, mantém alta rotação de intensidade na maior parte do tempo. É um meia que proporciona dinâmica e se aproxima dos companheiros. Uma característica mais próxima a de Bolaños se comparado ao lesionado Douglas, em recuperação de cirurgia no joelho esquerdo. Foram 24 jogos em Santiago, com 11 gols marcados - média de 0,45 gols por jogo. Sofreu também com uma equipe que não passa por um bom momento e teve três treinadores em um ano. Embora os números positivos, recebeu críticas da imprensa chilena.
- Fez 11 gols em pouco mais de 25, 30 partidas, não é má porcentagem. O problema é que Fernández parecia sempre, ou foi cada vez mais parecendo, indolente ao desenvolvimento da equipe que não teve grandes atuações. Jogou como enganche, como 10, e em outros momentos, jogou com um segundo atacante. E também como um falso nove. Geralmente, ou era falso nove, ou como enganche. Não teve a capacidade para acoplar-se no estilo de jogo que o propuseram com os treinadores Beccacece, Castañeda e Hoyos - comentou Carlos Madariga, jornalista da Rádio ADN de Santiago, no Chile.
Além de suas qualidades como jogador, chamou atenção também no Brasil o seu apelido: La Gata. O seu apelido, conforme jornalistas da Argentina, é por conta do formato dos seus olhos, parecido com a pupila dos felinos quando fechadas para evitar a luz. Além disso, o seu nome, Gastón, também tem sonoridade parecida e acabou ajudando para o apelido pegar. Antes do acerto com o Grêmio por dois anos, com possibilidade de renovar por mais um ao fim do vínculo, o jogador este perto de voltar ao Estudiantes. Pelo impasse envolvendo o futebol local e a greve de atletas, poderia ter uma possibilidade de contratar novos jogadores. O que não ocorreu.