Amazon começa a vender eletrônicos no Brasil
EMPRESARIAL
Publicado em 18/10/2017

Após uma semana de rumores, a varejista americana Amazon finalmente ampliou sua atuação no país nesta quarta-feira com o começo da venda de eletroeletrônicos.

Pouco mais de seis meses após abrir seu site para que pessoas físicas e jurídicas vendam seus livros, a Amazon permite agora a venda de eletrônicos como celulares, televisores, tablets, telefones e impressoras (novos e usados).

A nova loja, que entrou no ar no primeiro minuto desta quarta-feira, já nasce com 110.000 itens ofertados, segundo a empresa, por “milhares de vendedores”.

“Queremos ter o maior número possível de produtos e também o maior número de vendedores para ter os melhores preços ao consumidor”, diz Alex Szapiro, presidente da Amazon no Brasil.

Para garantir isso, a Amazon chega com uma estrutura agressiva: a comissão cobradas nas vendas é de 10%, enquanto os demais sites cobram, em média, 15%. Entre as empresas que entraram no market place da Amazon estão desde fabricantes como Sony e LG até e-commerces como Efácil, Webfones e Clubnet.

Especialistas acreditam que a empresa também deve começar a subsidiar frete, como já vem fazendo com o segmento de livros. “A Amazon oferece hoje frete de 2,50 reais para livros em seu marketplace. É um valor extremamente baixo e que fica difícil para outros concorrerem”, diz um executivo do setor.

O impacto que isso pode trazer no cenário do comércio eletrônico brasileiro já foi sentido na bolsa. Desde que a notícia da ampliação da atuação da Amazon começou, ainda na semana passada, as ações da maior empresa de e-commerce do país, a B2W, caíram 20,8%, as da Via Varejo recuaram 13,9% e as da Magazine Luiza, 18,6%. Na bolsa americana Nasdaq, os papéis do Mercado Livre recuaram 14,4%.

Para uma empresa que domina o varejo americano, o site de comércio eletrônico Amazon vinha se notabilizando por crescer no Brasil num ritmo estranhamente lento. A companhia, que foi fundada por Jeff Bezos há mais de 20 anos e vale quase meio trilhão de dólares em bolsa, começou a operar por aqui há cinco anos.

 

Fonte: Exame

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