Após uma semana de rumores, a varejista americana Amazon finalmente ampliou sua atuação no país nesta quarta-feira com o começo da venda de eletroeletrônicos.
Pouco mais de seis meses após abrir seu site para que pessoas físicas e jurídicas vendam seus livros, a Amazon permite agora a venda de eletrônicos como celulares, televisores, tablets, telefones e impressoras (novos e usados).
A nova loja, que entrou no ar no primeiro minuto desta quarta-feira, já nasce com 110.000 itens ofertados, segundo a empresa, por “milhares de vendedores”.
“Queremos ter o maior número possível de produtos e também o maior número de vendedores para ter os melhores preços ao consumidor”, diz Alex Szapiro, presidente da Amazon no Brasil.
Para garantir isso, a Amazon chega com uma estrutura agressiva: a comissão cobradas nas vendas é de 10%, enquanto os demais sites cobram, em média, 15%. Entre as empresas que entraram no market place da Amazon estão desde fabricantes como Sony e LG até e-commerces como Efácil, Webfones e Clubnet.
Especialistas acreditam que a empresa também deve começar a subsidiar frete, como já vem fazendo com o segmento de livros. “A Amazon oferece hoje frete de 2,50 reais para livros em seu marketplace. É um valor extremamente baixo e que fica difícil para outros concorrerem”, diz um executivo do setor.
O impacto que isso pode trazer no cenário do comércio eletrônico brasileiro já foi sentido na bolsa. Desde que a notícia da ampliação da atuação da Amazon começou, ainda na semana passada, as ações da maior empresa de e-commerce do país, a B2W, caíram 20,8%, as da Via Varejo recuaram 13,9% e as da Magazine Luiza, 18,6%. Na bolsa americana Nasdaq, os papéis do Mercado Livre recuaram 14,4%.
Para uma empresa que domina o varejo americano, o site de comércio eletrônico Amazon vinha se notabilizando por crescer no Brasil num ritmo estranhamente lento. A companhia, que foi fundada por Jeff Bezos há mais de 20 anos e vale quase meio trilhão de dólares em bolsa, começou a operar por aqui há cinco anos.
Fonte: Exame