Na contramão do índice nacional, o município de Passo Fundo terminou o mês de novembro com saldo positivo na geração de emprego, de acordo com dados divulgados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Com 2.009 admissões e 1.832 desligamentos, o saldo apresentou 177 vagas positivas. A notícia é ainda mais animadora na economia do município se tratando do ano de 2017: até novembro foram 1.099 vagas da emprego geradas a mais que demissões.
Os segmentos que fecharam com saldo positivo em Passo Fundo foram comércio (167 vagas) e serviços (47). Entretanto, a construção civil, indústria de transformação e agropecuária, extração vegetal, caça e pesca fecharam o mês com saldo negativo de -27, -8 e -5, respectivamente. Esse é o primeiro ano, desde 2015, que Passo Fundo deve fechar o saldo positivo. Em anos anteriores, a conta sempre fechou negativa.
De acordo com o coordenador da Agência FGTAS/Sine da cidade, Sérgio Ferrari, dois fatores foram determinantes para o crescimento, sobretudo no segundo semestre: a criação de duas plataformas logísticas no mês, além do crescimento de cadastros de Microempreendedor Individual (MEI). Além disso, um respingo de contratações temporárias também contribuiu para o balanço positivo. “É uma recuperação normal da economia. As empresas estão contratado. Novembro ainda pegou um pouco do mês de outubro, que foi o melhor do ano por causa das contratações temporárias”, afirma.
Ferrari relata que, mesmo com apenas dados extraoficiais de dezembro, a expectativa é que o ano termine com saldo positivo. “A recuperação em Passo Fundo é constante. O que alavancou a geração de empregos foram os dois polos logísticos que contrataram muito, junto do MEI, que segurou muito a balança, principalmente em serviço e comércio, além de aumentar o número de CNPJ”, declara. Em 2016, a queda no CNPJ quase chegou ao fechamento de uma empresa por dia.
Recuperação em 2018
Com números positivos no ano, a geração de emprego apresenta ânimo para a próxima temporada. A média de desemprego na cidade, que beirava entre dez e 11 mil no fim de 2016, atualmente está entre seis e oito mil desempregados. De acordo com dados da FGTAS/Sine, cerca de 58 mil trabalhadores do município atuam com carteira de trabalho assinada. No mercado informal, a cidade possui entre 20 a 25 mil trabalhadores sem carteira – que não possuem nenhum direito, como maternidade, seguro-desemprego, auxílio doença etc - , segundo consta em números da agência.
Fonte/fotos: Diário da manhã AM