Em municípios onde os agricultores possuem em suas propriedades investimentos na bacia leiteira, o milho acaba sendo um bom negócio
A silagem do milho é considerada uma fonte de energia importante na alimentação dos animais ruminantes, pelo seu valor nutritivo. Em municípios onde os agricultores possuem em suas propriedades investimentos na bacia leiteira, o milho acaba sendo um bom negócio na produção deste produto, um dos insumos da alimentação do gado.
De acordo com o técnico agrícola Márcio Fusiger, em metade das lavouras cultivadas em municípios como, por exemplo, Chapada, a cultura do milho não tem mais destino à produção do grão comercial. “Locais com risco de comprometimento da produtividade depois de formado o grão o agricultor pode destinar a plantação para silagem negociando a lavoura com seus vizinhos que necessitam do alimento para o gado leiteiro, mas não plantaram a matéria-prima. É uma alternativa de negócio”, salienta o técnico agrícola. Em lavouras com alta tecnologia a produtividade de massa verde pode chegar nas 35 toneladas.
Para o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Chapada, Ademir de Araújo e Silva, a silagem possibilita o plantio da safrinha de milho, que também tem como destino a produção de alimentos complementares para o gado leiteiro, que recebe em média 5 quilos do trato por dia. Conforme Silva, aqueles que já realizaram o primeiro corte verde das plantas agora começam o plantio da safrinha, que será colhida nos próximos dois meses. “A produtividade da safra principal é sempre maior do que a safrinha, mas é uma garantia de alimento para o gado no período de redução das pastagens, principalmente, durante o inverno. No município, a venda de milho entre o produtor de grão e o investidor da bacia leiteira está acontecendo. A forma de negociação é um acerto entre eles, mas certamente é rentável para os dois lados”, disse o secretário.
Fonte: Diário da Manhã